terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

'Não há você sem mim, eu não existo em você'



 Inteligência Múltipla denomina-se como a teoria que foi desenvolvida na década de 1980, pela Universidade de Harvard, sob o comando do psicólogo Howard Gardner, analisando e descrevendo o conceito de inteligência.

 De acordo com o Celso Antunes (2012), na última leitura complementar de seu livro “Inteligências Múltiplas e seus jogos”, pensar a inteligência é, também, como se fossemos realizar algo e percebermos que não conseguimos fazer, a partir daí, percebermos que se formos enumerar, a lista do que não sabemos fazer é enorme. 

  Antunes (2012) continua: “Provavelmente você não sabe compor uma melodia, pintar uma tela com perfeição ou erguer um edifício. Deixe, entretanto, as coisas que envolvem a genialidade ou especificidades de outras profissões e reflita sobre as coisas comuns que também não constituem sua especialidade. Perceberá que a lista cresce ainda mais. Eu, por exemplo, não sei dançar, passar uma camisa, preparar uma refeição e até mesmo trocar uma simples lâmpada; o que constitui desafio comum a qualquer outro, pode ser para mim um problema.
Mas eu não me preocupo com coisas que não sei fazer. Sei realizar outras pequenas coisas e aprendi a trocar aquilo em que não sou bom com outras pessoas. Creio que na singela revelação dessa troca esconde-se o segredo do amor. Já imaginou como seria difícil a solidariedade se todas as pessoas soubessem fazer todas as coisas? Se andassem pelo mundo cercadas pela lição de nada oferecer, nada reivindicar? Se não fossem diferentes?
Pena que a singela verdade dessa questão ainda não tenha entrado em nossas escolas. Pena que nossos sisudos mestres estejam apenas empenhados em mostrar os desafios das ciências, a retórica das sintaxes e a amplitude dos cálculos matemáticos. Não que esses saberes não sejam importantes, mas será que não haveria em nossas escolas espaço para se ensinar a troca, a solidariedade, a honradez, a coragem da bondade? Pena que os currículos escolares ainda não abriguem estímulos à verdade das múltiplas inteligências. Pena que nossos alunos não descubram a harmonia dos versos do poeta que cantava “não há você sem mim, eu não existo sem você (p.45) ”

    O autor foi fantástico ao explorar a inteligência da maneira como foi descrita; foi genial, didático e poeta!
    Amar talvez seja isto, uma troca contínua de vida! Um abaixar-se e levantar-se continuo para, enfim, fazer o outro feliz!
     Se for para ser assim, eu estou toda inteira em você, inteligência, e você está toda inteira em mim! Que em nossa multiplicidade, possamos colorir o mundo e transbordar amor, libertar pessoas, trazer possibilidades de vida para tantos enclausurados e mensurados pelo sistema!


            


                                                                                                                     Correção: Maria Marta Garcia - Tradução em Ponto
     


        



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