Inteligência Múltipla denomina-se como a
teoria que foi desenvolvida na década de 1980, pela Universidade de Harvard,
sob o comando do psicólogo Howard Gardner, analisando e descrevendo o conceito
de inteligência.
De acordo com o Celso Antunes (2012), na última leitura
complementar de seu livro “Inteligências Múltiplas e seus jogos”, pensar a
inteligência é, também, como se fossemos realizar algo e percebermos que não
conseguimos fazer, a partir daí, percebermos que se formos enumerar, a lista do
que não sabemos fazer é enorme.
Antunes (2012) continua: “Provavelmente você não sabe
compor uma melodia, pintar uma tela com perfeição ou erguer um edifício. Deixe,
entretanto, as coisas que envolvem a genialidade ou especificidades de outras
profissões e reflita sobre as coisas comuns que também não constituem sua
especialidade. Perceberá que a lista cresce ainda mais. Eu, por exemplo, não
sei dançar, passar uma camisa, preparar uma refeição e até mesmo trocar uma
simples lâmpada; o que constitui desafio comum a qualquer outro, pode ser para
mim um problema.
Mas
eu não me preocupo com coisas que não sei fazer. Sei realizar outras pequenas
coisas e aprendi a trocar aquilo em que não sou bom com outras pessoas. Creio
que na singela revelação dessa troca esconde-se o segredo do amor. Já imaginou
como seria difícil a solidariedade se todas as pessoas soubessem fazer todas as
coisas? Se andassem pelo mundo cercadas pela lição de nada oferecer, nada
reivindicar? Se não fossem diferentes?
Pena
que a singela verdade dessa questão ainda não tenha entrado em nossas escolas.
Pena que nossos sisudos mestres estejam apenas empenhados em mostrar os
desafios das ciências, a retórica das sintaxes e a amplitude dos cálculos
matemáticos. Não que esses saberes não sejam importantes, mas será que não
haveria em nossas escolas espaço para se ensinar a troca, a solidariedade, a
honradez, a coragem da bondade? Pena que os currículos escolares ainda não
abriguem estímulos à verdade das múltiplas inteligências. Pena que nossos
alunos não descubram a harmonia dos versos do poeta que cantava “não há você
sem mim, eu não existo sem você (p.45) ”
O
autor foi fantástico ao explorar a inteligência da maneira como foi descrita;
foi genial, didático e poeta!
Amar
talvez seja isto, uma troca contínua de vida! Um abaixar-se e levantar-se
continuo para, enfim, fazer o outro feliz!
Se
for para ser assim, eu estou toda inteira em você, inteligência, e você está
toda inteira em mim! Que em nossa multiplicidade, possamos colorir o mundo e
transbordar amor, libertar pessoas, trazer possibilidades de vida para tantos
enclausurados e mensurados pelo sistema!
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