quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Eu não sei pra onde a gente vai...

Estou profundamente consternada com esta imagem que repercutiu em todo o mundo...Me lembrei da seguinte música:
"Eu não sei prá onde a gente vai andando pelo mundo. Eu não sei prá onde o mundo vai, nesse breu vou sem rumo. Só sei que o mundo vai de lá pra cá, andando por ali, por acolá, querendo ver o sol que não chega..." (Onde ir - Vanessa da Mata).
A música fala de amor, da falta dele, e eu escolhi estes versos porque, quando não há amor, só encontramos dor, frio, breu, morte... E isto não é apenas lá no Oriente, isto começa dentro da gente!
Meu silêncio e oração pelo Aylan, Galip e Rihan (mãe) e pelo pai Abdullah que foi único a sobreviver, porém, sem um pedaço do coração!
Meu lamento pela nossa espécie que em pleno século XXI ainda é capaz de tirar vidas, pela nossa incapacidade de estender a mão e apenas caminhar junto. 
Ao ouvir a música e logo me deparar com esta foto novamente, ressoou mesmo o tom:

"Eu não sei para onde o mundo vai, nesse breu vou sem rumo, querendo ver o sol que não vem."

Trecho da Carta Capital:

A foto feita pela agência de notícias turca Dogan, chocou o mundo nesta quarta-feira 2. Ela mostra um garoto sírio de três anos, Aylan, que morreu ao lado do irmão, Galip, de cinco anos, e da mãe, Rihan, ao tentar sair de Bodrum, no sul da Turquia, para a ilha grega de Kos. O pai, Abdullah, sobreviveu.

A família, parte dos 2 milhões de sírios que se refugiaram na Turquia desde 2011, tentava chegar à Europa em busca de uma vida melhor, mas a empreitada foi encerrada pelo afundamento do barco em que estavam. Sírios de Kobane, eles deixaram o país natal fugindo do Estado Islâmico.

O grupo extremista continua agindo no Iraque e na Síria, esta afundada em uma guerra civil que deixou mais de 300 mil mortos e 4 milhões de refugiados. Diversos países combatem o Estado Islâmico, mas sem lidar com o autoritarismo, o sectarismo, o desemprego, a pobreza, o analfabetismo e outros problemas que fazem vicejar o radicalismo religioso no Oriente Médio, a ideia por trás do Estado Islâmico não será destruída.

Releia a análise de José Antonio Lima |http://bit.ly/1PM4eDn