segunda-feira, 18 de abril de 2011

Pedras!

Pedras são pedras...

Têm formatos diferentes,

pedras são pedras!

Elas podem ser modificadas,

dependo das mãos que as tocam.

Podem trazer obra de arte!

Dependendo das mãos que as tocam,

pedras podem matar.

Pedras são alicerces,

e há pedras de onde

brota-se água!

Flaviane

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A caneta, o papel e a vida


“Ouço as palavras do vento
Me confessar” 14 Bis

Se observarmos bem o mundo ao nosso redor, veremos que há muitas coisas que trazem significados para nossa história, para o nosso coração! O mundo é cheio de palavras e expressões, sejam elas expostas pelas mãos dos homens ou pela natureza repleta de cores, cheiros e sabores.

À medida que vamos observando, também entramos nestes significados e devemos deixá-los ficarem inscritos dentro de nós... até mesmo para sermos expressão de algo mais bonito e fora da confusão do mundo de hoje, seria bom que nos misturássemos mais às cores, cheiros e sabores do mundo, de forma saudável e sem passar por cima de tudo por causa da nossa costumeira vida corrida, somos feito de carne e ossos, não somos máquinas.

Ao expressarmos o significado das coisas, seja na escrita ou na fala, não devemos procurar apenas pela beleza das palavras ao se fazer um poema por exemplo, ou então na busca por uma escrita totalmente correta ou ainda o uso de palavras difíceis, isto é muito importante sim, mas um texto se torna fecundo quando está em harmonia com aquilo que somos e que deixamos ser inscrito em nossos sentidos em primeiro lugar. Como bem expressou o evangelista, as palavras devem expressar o nosso coração, “a boca fala daquilo que o coração está cheio” Mt 15,18.
Esta frase da música com a qual comecei o texto mostra que o compositor soube expressar com bela poesia como aprendeu não apenas a ouvir as palavras confessadas pelo vento, mas também os pequenos murmúrios, estes são quase imperceptíveis. Num mundo agitado como o nosso, fica difícil ouvir o vento, que dirá a brisa. Ele ainda expressa: “O ar da noite - sopro de vida, me lembrando o que eu esqueço existir.” – de fato, a vida passa e a gente esquece tanta coisa o tempo todo, fica muito estranho ouvir coisas tão delicadas e simples como a letra dessa música.

As vezes penso que a gente se esquece porque também não procuramos prestar a devida atenção às coisas a nossa volta, somos tão distraídos que o tempo corre e a gente fica vendo tudo passar, já disse Agostinho o santo “temo a graça que passa e não volta mais” e posso completar com outra música do mesmo grupo: “viva cada instante, dia após dia, após dia” Uma velha canção Rock and roll – 14 bis. Posso completar ainda mais com Teresinha a santa de Lisieux, querida mestra espiritual, ela exclamou: “É preciso abandonar o futuro nas mãos do Bom Deus.”

Penso também que escrever deve ser um ato de fazer memória, ou seja, sempre para nos lembrar! Lembrar que dentro de nós existe uma vida como uma semente plantada na terra que deve vir para produzir frutos maravilhosos, frutos com gosto de vida, cheio de energia, expressando sempre o jeito do Amor e o Amor aqui se chama Deus.

Em um mundo onde se ouve e lê poucas palavras benditas, que estas que você lê aqui sejam palavras de vida, regadas de Amor e Esperança.

“Sigo no rumo da manhã, rindo sozinho... o ar da noite – sopro de vida, me lembrando o que esqueço existir.” Pequenas coisas - 14 Bis
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 Pequenas coisas
14 Bis


Trago um pedaço da noite
Junto comigo
Bebo outro gole, outra chuva
Corro perigo

Cada instante que ouço bater
Meu coração dentro de mim

Ouço as palavras do vento
Me confessar
Que desde o início dos tempos
Busca chegar

Onde possa se transformar
Numa brisa
Para transportar e guardar

O perfume das flores
Os pequenos murmúrios
Folhas tristes do outono
E o jeito do amor

Sigo no rumo da manhã
Rindo sozinho
Dos pensamentos que tenho
Com festa e vinho
O ar da noite - sopro de vida
Me lembrando
O que eu esqueço existir