sábado, 12 de novembro de 2011

O carteiro e o poeta!

Assistindo ao filme chamado: O carteiro e o poeta; me senti muito tocada em vários momentos, dentre eles acabei pensando e entendendo o que já compreendia há algum tempo, mas não sabia dar nomes... vejam?!
A vida e tudo à nossa volta está repleto de poesia como na Ilha em que por um tempo o grande poeta Pablo de Neruda passou (de acordo com o filme)... em um dos belos diálogos entre o simples carteiro e o grande poeta, Neruda o perguntou: O que há de belo na sua Ilha, lugar onde nasceu?!
No primeiro momento ele respondeu prontamente que era a sua bela amada Beatriz e só depois de ter aprendido o que é a poesia com o passar dos anos, "meu" humilde poeta/carteiro passou a compreender que a beleza da sua Ilha estava sim na sua amada, mas também em muitos outros pontos enumerados por ele, vejamos:
1) Ondas de Cala di Soutto, as pequenas;
2) Ondas, as grandes;
3) Ventos nos penhascos;
4) Ventos entre arbustos;
5) Redes tristes de meu pai (lindo isso);
6) Sino da Igreja de Nossa Senhora das Dores com o padre;
7) Lindo! É o céu estrelado sobre a Ilha;
9) Quando ele ouviu as batidas do coração do Pablito (seu filhinho que estava para nascer)...
Assim fez o "meu" humilde poeta/carteiro ou carteiro/poeta, acho que agora mais poeta que carteiro; percebeu quanta beleza havia em sua volta e se tornou um grande poeta da vida e seu cotidiano, esgotou-se no amor pela vida e suas maravilhas entre luzes e sombras, entre traços mais grosseiros e delicados; entre suavidade e amargura, enfim, entre a imensidão do mar com suas ondas grandes e pequenas e a imensidão da areia quente da praia... esgotou-se, aprendeu a viver!
A poesia minha gente, deixa-nos envolvidos do mais nobre e valoroso sentimento do mundo: o Amor e o amor de gratuidade! Àquele que abarca o nada e o tudo, àquele que a gente percebe nas coisas mais humildes e de beleza rara, as vezes até ditas  como feia, depende do olhar que vê, porque o amor está escondido, como o tesouro precioso da parábola que Jesus contou, o amor que salva e dà vida à alma...
Quem puder, veja o filme e até fiquei pensando nessa minha Ilhota aqui nas Minas Gerais, tão cheia de gente e culturas diferentes em que de vez em quando, como por estes dias, encontramos o belo quadro da lua cheia linda sobre a lagoa da universidade... e a sua Ilha?!
Vejamos com os olhos de poetas, aí sim, descobriremos o sentido da vida que vai muito além da rapidez das coisas, já diziam os poetas, os profetas, já dizia o próprio Deus que se fez homem: a vida (o Reino dos Céus) é mais que a comida e a bebida, é justiça, paz e alegria (Rom 14,17)
Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
Romanos 14:17
Obrigada Pe. Marcelo Apolônio e Renato Luís!

Ps: Deixo a música do filme que só de ouvir, descansa a gente...

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